Diretório

Acadêmico

O Diretório Acadêmico Professor Alphonso Bovero, D.A.P.A.B., criado em 1969, é o órgão máximo representativo dos estudantes da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Formado pelos próprios estudantes, o D.A. representa todos os alunos da FMJ perante discussões e decisões tomadas pela direção da faculdade.

Com sua representatividade, o D.A. dá voz a cada estudante, realizando Reuniões Ordinárias semanalmente, além de importantes Reuniões Extraordinárias e Plenárias, que convocam todos os alunos da FMJ para gerar uma opinião geral a ser representada.

Apresentando aos alunos o Movimento Estudantil, o cenário encontrado no D.A.P.A.B. é de democracia e respeito à diversidade. Além da face política, também fazem parte das funções do D.A. a organização de campanhas sociais como arrecadação de alimentos e roupas, doação de sangue, intercâmbio estudantil e as diversas Ligas Acadêmicas existentes na faculdade. Outra preocupação do D.A.P.A.B. é inserir as diferentes formas de cultura no dia-a-dia dos estudantes da FMJ, organizando festas e noites culturais, além de cine-debates e discussões.

Ao se aproximar ao D.A., o aluno é apresentado a um mundo de possibilidades que vai além das disciplinas de Medicina.

Fique por dentro de tudo que acontece no D.A.P.A.B. e na FMJ por meio da nossa página no Facebook (https://www.facebook.com/dapab.fmj) e Instagram (@dapabfmj).

O médico como ser socialmente responsável.

No mundo dos negócios é comum ouvirmos falar de empresas que buscam parcerias para desenvolverem junto a organizações não governamentais atividades socialmente responsáveis. Inclusive, a maioria das empresas acredita que isso seja um investimento necessário, pois a empresa sabe que quem pactua com trabalhos sociais aumenta sua produtividade e sua lucratividade, já que seus funcionários se sentem mais motivados e seus consumidores preferem produtos de empresas preocupadas com o bem estar da sociedade.

O médico como profissional de saúde tem, no exercício de sua profissão, a oportunidade de agir com responsabilidade social, porém para que isso aconteça, ele precisa estar preparado para este desafio. Muitas escolas médicas têm investido nos processos de mudanças da graduação, buscando formar “médicos generalistas”, adequando assim o profissional que a escola forma ao profissional que o “mercado” precisa. Mas que profissional é este tão desejado pelo “mercado”?

Para responder esta pergunta não é preciso ir muito longe. Basta perguntar a qualquer usuário do SUS o tipo de médico que ele deseja: um profissional com conhecimentos técnicos, habilidades profissionais e, acima de tudo, interesse em ouvi-lo para ajudá-lo a resolver seus problemas. Em suma, o usuário e o “mercado” querem um médico humanista, que mesmo sendo especialista, entenda que o paciente não é uma doença ou um órgão e sim um ser humano inserido num espaço em determinado tempo, capaz de influenciar e ser influenciado pelo meio em que vive.

As escolas médicas deveriam ser capazes não só de preparar o estudante de medicina com o embasamento teórico suficiente para poder interferir quando necessário e em benefício do paciente, mas também prepará-lo para interagir de forma socialmente responsável, permitindo que este profissional seja não só um técnico em medicina, mas também um agente transformador de sua realidade local.

As escolas médicas precisam estar mais próximas da realidade do SUS, principalmente da atenção primária, que é a porta de entrada do usuário nos sistema, aproximando os espaços de ensino do serviço prestado à população. Nesse contato entre a instituição de ensino e serviços de saúde todos saem ganhando, mas o principal beneficiado é o usuário que consegue ter um atendimento de qualidade. O usuário pode (e deve) colaborar na formação dos profissionais de saúde, pois serão eles que, num futuro próximo, serão os responsáveis pela manutenção da saúde da população daquela região. Também se faz necessário desenvolver no estudante uma visão crítica da sociedade, que o permita avaliar o contexto em que seu paciente está mergulhado e trabalhar na resolução do problema apresentado, prevenindo novas intercorrências.

Se as empresas que têm o objetivo da obtenção de lucro acreditam que, sendo socialmente responsáveis, podem atingir seu objetivo mais facilmente, o médico que tem o objetivo de proporcionar melhoria na qualidade de vida do seu paciente, sendo socialmente responsável, estará não só atingindo seu objetivo, mas também participando do processo de transformação social, que realmente eleva a saúde a um direito do cidadão e dever do Estado.

Tatiana Ferreira dos Santos

Presidente do Diretório Acadêmico Profº Alphonso Bovero – D.A.P.A.B.

Fale conosco!