Programa de Doação Voluntária de Corpo para Estudo em Anatomia

Estamos à disposição pelo telefone: (11) 3395-2130 ou através do e-mail: fmj@fmj.br

A disciplina de Anatomia Humana da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) iniciou em outubro de 2013, uma campanha em hospitais de toda região para estimular e explicar sobre a importância da doação de corpo para fins de estudo e pesquisa conforme lei federal 8501/92.

A doação do corpo post-morten é uma prática comum em outros países tais como nos Estados Unidos e alguns países da Europa, como a Alemanha. Nestes países as faculdades de medicina se responsabilizam pelos cuidados com o corpo e após estudados são cremados e, no final do ano os alunos de medicina, em comemoração solene, prestam homenagem à família doadora entregando simbolicamente em uma caixa as cinzas.

No Brasil algumas universidades com curso de medicina em razão da falta de cadáveres para o ensino, iniciaram campanhas baseadas na referida lei. No estado de São Paulo, a Universidade de São Paulo (USP), há bem pouco tempo, iniciou também campanha de esclarecimento e de doação do corpo humano, através conscientização da população. “O tema é de relevante importância social, haja vista que para um aprendizado concreto em medicina é fundamental aprender no próprio corpo humano, isto é, a anatomia humana em cadáveres humanos reais”, comenta o professor doutor em Anatomia da FMJ, Cesar Alexandre Fabrega Carvalho.

Hoje a FMJ conta com 08 cadáveres que não são suficientes para o estudo anatômico dos estudantes de medicina e de enfermagem. Segundo Ministério da Educação, o ideal seria 10 estudantes para cada cadáver. “Na prática é fundamental estudar o corpo humano de forma mais próxima a realidade. Existe a alternativa utilizada por algumas faculdades no Brasil, mas que foram abolidas há décadas, nos países citados acima, que é somente a utilização livros, softwers ou peças anatômicas sintéticas, porém, definitivamente, são insuficientes para o efetivo aprendizado. Qual é o cidadão que em sã consciência permitiria ser operado ou familiar operado por médico formado em boneco?”, acrescenta Carvalho.

O contato com o cadáver tem um aspecto que não é só de ensino, mas de formação essencial para quem atua na área da saúde. Os cadáveres utilizados hoje são, em sua maioria, corpos não reclamados, obtidos através de um complexo processo, que acaba por restringir, significativamente, o número de cadáveres disponíveis para estudo. Outros corpos tornam-se disponíveis por doação, mas ainda em número muito pequeno. Sem cadáveres para estudo, corremos o risco de formar profissionais que não concluíram adequadamente esta etapa fundamental para sua formação.

A doação do corpo para o ensino é uma decisão pessoal que deve ser bem examinada e discutida com a família, médico assistente e a instituição beneficiada para que todos os detalhes sejam esclarecidos. A decisão deve, preferencialmente, ser feita em vida pelo doador, mas a família deve estar de acordo e autorizar a doação após a morte. Se isto não ocorrer, a doação não é efetivada.

Ser um doador vai contribuir para o aprendizado de anatomia de todos os estudantes dos cursos da área da saúde. A doação pode não trazer benefícios imediatos ao doador, mas o benefício maior será para as futuras gerações, que contarão com profissionais mais qualificados.

Qualquer pessoa com mais de 18 anos que deseje doar deve discutir com sua família e amigos sobre sua decisão de doar o corpo para a Disciplina de Anatomia da FMJ após a morte. Após estar certo de sua decisão, deve entrar em contato com a Faculdade e preencher o “Termo de Intenção de Doação”, que deve ser assinado pelo doador e pelo familiar mais próximo como testemunha.

As condições para viabilizar a doação, obedecerão aos seguintes critérios:

• O doador fica ciente que a Faculdade de Medicina de Jundiaí avaliará na oportunidade do óbito as condições do seu corpo, com o intuito de analisar a viabilidade da doação. Nesta avaliação, a Faculdade não aceitará o corpo em caso da causa mortis ser suspeita ou tratar-se de obesidade mórbida.

• Fica estabelecido que a família do doador poderá realizar o culto e/ou honrarias do corpo do doador (velório), até 24 horas após o óbito, sendo obrigação do familiar comunicar a Faculdade o local em que o corpo se encontra, dentro do prazo estipulado.

• Os familiares e/ou testemunhas do doador ficam responsáveis pela comunicação do óbito à Faculdade de Medicina de Jundiaí, bem como pela entrega da certidão de óbito do doador, a fim de que a Faculdade dê início ao procedimentos estabelecidos.

• Após a realização de todos os procedimentos acima e a efetiva entrega do corpo à Faculdade de Medicina de Jundiaí, nenhum familiar mais terá acesso a ele ficando sob a guarda e responsabilidade da Instituição.

• O doador compromete-se a entregar à Faculdade de Medicina de Jundiaí uma cópia do presente A Ficha Cadastral de Termo de Intenção de Doação Voluntária de Corpo Após a Morte, é parte integrante deste Termo de Declaração de Vontade e Testemunho de Doação Voluntária de Corpo para Estudo Anatômico, independente de sua transcrição no presente instrumento, com assinatura reconhecida em cartório no prazo de 72 horas.

Perguntas Frequentes

Importância do Corpo Humano

O estudo da anatomia com a utilização de cadáveres é essencial para a formação dos profissionais da área da saúde. Afinal, apesar de outros recursos tecnológicos disponíveis, o corpo humano continua sendo insubstituível. A falta de corpos é um grande problema para a faculdade, que hoje conta com um número muito pequeno de doadores.
O ato da doação beneficia milhares de pessoas, pois o corpo humano ajuda a preparar melhores profissionais que atenderão àqueles que continuam vivendo.

Porque doar?

Ao doar o corpo, a pessoa poderá também ajudar a salvar outras vidas

Como se tornar um doador?

A doação é muito simples.
É necessário preencher a Ficha Cadastral de Termo de Intenção de Doação Voluntária de Corpo Após a Morte, que é parte integrante do Termo de Declaração de Vontade e Testemunho de Doação Voluntária de Corpo para Estudo Anatômico, com assinatura reconhecida em cartório no prazo de 72 horas. Esse documento deve ser assinado pelo doador e por duas testemunhas, de preferência parentes de primeiro grau.

Quem pode se tornar doador?

Qualquer pessoa com mais de 18 anos. É essencial deixar a família e os amigos cientes da sua decisão de doar o corpo para a Disciplina de Anatomia Humana da Faculdade de Medicina de Jundiaí, após a morte.

Qual o procedimento após falecimento?

Quando ocorre o falecimento, alguém responsável pelo falecido deve comunicar imediatamente à Faculdade (daí a importância dos familiares do doador terem conhecimento da doação e concordarem com ela), para as providências necessárias, inclusive legais. Aliás, tudo isso é feito respeitando-se, sempre, todas as leis que tratam do assunto e os princípios éticos e morais.

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