FMJ e UBS Tamoio promovem atividade de Saúde e Bem-Estar de Refugiados e Imigrantes

No último sábado, 29/07, estudantes de Medicina, professores de Ginecologia, Parasitologia, Pediatria e Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) uniram forças com a UBS Tamoio em uma ação voltada para a saúde e bem-estar de refugiados e imigrantes. Em parceria com o Centro Scalabriniano de Promoção do Migrante (CESPROM) e a Prefeitura Municipal de Jundiaí, uma grande equipe realizou uma iniciativa inédita e piloto.

A diretora do CESPROM, irmã Maria Cléia Franca Santos, considerou a atividade fundamental e destacou a importância de cuidar da saúde desses imigrantes, muitos dos quais ainda não compreendem a relevância desse aspecto, uma vez que seus países de origem não ofereciam esse tipo de suporte.

Entre os imigrantes beneficiados, Jean Tileiros, vindo do Haiti e residente em Jundiaí há 5 anos, aprovou a iniciativa de prevenção de saúde, elogiando o rápido atendimento e os serviços oferecidos.

Neste projeto, os voluntários da FMJ conduziram triagens médicas, ações de promoção de saúde e bem-estar, com o apoio da Unidade Básica de Saúde (UBS) Tamoio, responsável por serviços odontológicos e vacinação.

A gerente da UBS Tamoio e enfermeira, Elizabeth Carvalho Azevedo Soares, aceitou o convite para atuar junto à FMJ. “É importante de ir até o ambiente dos imigrantes para melhor atendê-los, superando as barreiras da língua e proporcionando um cuidado mais efetivo. Atendemos haitianos, venezuelanos, afegãos e libaneses. Achei muito importante a atividade em parceria”.

A equipe da UBS ofereceu a vacinação, trouxe uma farmacêutica para esclarecer dúvidas sobre medicamentos, realizou uma parceria com o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), responsável pelo teste de Hepatite, HIV e Sífilis e foi oferecido o tratamento de auriculoterapia, além de revisão odontológica.
A FMJ recrutou cerca de 40 voluntários para essa experiência inovadora, que trouxe desafios culturais, mas foi enriquecedora para todos os envolvidos, como relatou Elisa Gardinali, aluna voluntária do 3º ano da FMJ. “Somos diferentes culturalmente e a falta contato com essa realidade na faculdade. No entanto, a experiência foi altamente enriquecedora, tanto para sua formação acadêmica quanto para sua vida pessoal”. Elisa mencionou que a maior dificuldade foi compreender as queixas dos pacientes devido à barreira da língua estrangeira. Apesar disso, ela e os demais voluntários se esforçaram ao máximo para entender e atender as necessidades dos assistidos.

O CESPROM, atuando há mais de duas décadas em Jundiaí, no bairro Jardim Itália, presta assistência para aproximadamente 300 imigrantes e refugiados de diferentes países. Para aqueles que desejam ajudar, basta entrar em contato pelo telefone (11) 4584-8451.

Ao término da atividade, a vice-diretora e idealizadora do projeto, Ana Carolina Marchesini de Camargo, expressou: “Foi uma manhã repleta de aprendizado diante dos desafios da língua estrangeira, porém, uma experiência incrível e profundamente significativa. Observar a dedicação de toda a equipe e a alegria estampada no rosto de cada aluno que contribuiu em algum momento foi verdadeiramente gratificante. A FMJ desempenha com excelência o papel de educar em comunidade, proporcionando serviços e bem-estar”, concluiu.

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